Ampliações de 23 usinas podem acrescentar 8,6 milhões de litros à oferta diária de etanol
Segundo a ANP, unidades estão em obras no momento; o maior volume virá de Goiás, que soma 2,31 milhões de litros diários
Fonte: novacana

Ainda que a produção de etanol esteja menor em 2020/21, com uma queda de 8,75% no acumulado até 16 de janeiro, a fabricação do produto tende a recuperar sua força quando a demanda retomar patamares próximos aos vistos antes da pandemia de coronavírus. Um sinal de aquecimento já pode ser observado, com o volume estocado pelas usinas baixando e se aproximando dos níveis da temporada passada.
Além disso, o RenovaBio começou a deslanchar no ano que passou e iniciou 2021 com um saldo de 3,97 milhões de créditos de descarbonização (CBios) no mercado. A expectativa é que a receita obtida com os CBios e as crescentes metas anuais estimulem a maior produção do produto, tanto pelo direcionamento de matéria-prima para o etanol quanto pelo aumento da capacidade produtiva.
O tamanho da aposta do setor no biocombustível pode ser sentido com as 17 unidades em construção, que podem adicionar até 6,77 milhões de litros à oferta diária de etanol. Além disso, também há usinas que estão aumentando sua capacidade produtiva e devem trazer impacto semelhante no abastecimento.
Conforme informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualmente existem 23 unidades em ampliação. No comparativo com o levantamento feito pelo novaCana em dezembro de 2019, o saldo é de três usinas a mais: sete iniciaram a ampliação de lá para cá, oito concluíram e 16 se mantiveram na lista.
Agora, o novaCana atualizou a sondagem incluindo os valores investidos pelas empresas, presentes nos processos de autorização para produção de etanol protocolados na ANP. Entretanto, nem todos os documentos foram disponibilizados para consulta.
Juntas, as unidades atualmente em processo de ampliação devem acrescentar 7 milhões de litros diários à oferta de hidratado e 1,60 milhão à de anidro, totalizando 8,60 milhões de litros. Isso significa um acréscimo de 2,32% na capacidade autorizada, que atualmente é de 241,79 milhões de litros de hidratado e 128,92 milhões de anidro ao dia, atingindo 370,72 milhões de litros.
Das 23 unidades em obras, 20 usam a cana-de-açúcar como matéria-prima, duas usam milho e uma, a palha da cana, resultando no etanol de segunda geração.