Bemobi define faixa de preço de R$ 17,60 a R$ 23,10 e IPO pode levantar R$ 1 bi
Volume total da operação da empresa de apps pode subir para R$ 1,366 bi se houver também oferta secundária com lotes adicional e suplementar
Fonte: Valor Econômico

Foto: Gerd Altmann/Pixabay
A Bemobi Mobile Tech, que atua na distribuição e monetização de aplicativos para celular, definiu a faixa indicativa de preço na sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) entre R$ 17,60 e R$ 23,10. Considerando o meio da faixa indicativa, de R$ 20,35, e a oferta base de 49.732.622 ações, o IPO deve movimentar R$ 1,012 bilhão.
A oferta é primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, mas pode haver uma tranche secundária - quando acionistas atuais vendem parte de suas fatias, se forem exercidos os lotes adicional (9.946.524 ações) e suplementar (7.459.893 ações). Nesse caso, o volume total da operação sobe para R$ 1,366 bilhão, ainda considerando o meio da faixa indicativa.
A precificação deve ocorrer no dia 8 de fevereiro. A companhia será negociada no Novo Mercado sob o ticker ‘BMOB3’.
A Bemobi é uma empresa focada na distribuição e monetização de apps, games e serviços digitais móveis para países emergentes. Afirma ter serviços integrados e em operação com 70 operadoras de telefonia móvel ao redor do mundo. Em setembro, tinha 34,6 milhões de assinantes distribuídos em 37 países e, além disso, uma base endereçável de mais de 2,2 bilhões de usuários, representando o somatório dos usuários de telefonia móvel de todas as operadoras que com as quais tem contrato.
“Nosso negócio é baseado em um modelo inovador de assinaturas de custo reduzido que possui aderência à realidade da maior parte da população brasileira e de outros países emergentes de perfil semelhante. Operamos em um modelo B2B2C, viabilizando a cobrança de nossos serviços através do crédito pré-pago e/ou contas pós-pago do serviço de telefonia móvel”, diz a Bemobi no prospecto.
Nos nove primeiros meses do ano passado, a companhia teve receita de R$ 108,217 milhões, com queda de 3,3% sobre igual período de 2019. O lucro líquido foi de R$ 28,468 milhões, com expansão de 0,7%.
A companhia pretende utilizar os recursos líquidos da oferta primária para pagamento de obrigações decorrentes de reorganização societária (25,6%); pagamento de dividendos devidos referentes a exercícios sociais passados (19,5%); e aquisição de ativos (54,9% ). O primeiro item decorre do fato de que em 30 de setembro a Bemobi comprou da sua controladora, a Bemobi Holdings, as empresas Bemobi International, Bemobi Ukraine e Open Markets, por R$ R$ 290,430 milhões.
A Bemobi Mobile Tech é controlada pela Bemobi International, que detém 83,92% das ações e pode cair para até 19,16% se forem exercidos os lote adicional e suplementar; outro grande acionista é o presidente Pedro Santos Ripper, que tem 7,19% e pode cair para 3,02%.
A Bemobi International faz parte do grupo norueguês Otello Corporation (antigo Opera Software).
A operação é coordenada BTG Pactual, Morgan Stanley, XP Investimentos e Itaú BBA.
Fonte: Valor Econômico