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Forbes 50+ destaca 10 histórias de reinvenção e sucesso a partir dos 50 anos

Entre as dez histórias que compõem a lista Forbes 50+ inaugural temos Gloria Pires, Leila Gravano, Deives Rezende Filho e Vita Christoffel


Fonte: Forbes


Atire a primeira pedra quem nunca ouviu alguém dizer que não vê a hora de se aposentar para comprar uma casa na praia e, finalmente, aproveitar o tempo livre vivendo de poupança acumulada. Talvez, você mesmo já tenha dito algo parecido. O pensamento faz parte do imaginário coletivo de que, ao atingir certa idade, a pessoa já se encaminha para o fim da vida, de forma que não há mais como contribuir com a sociedade.


A realidade atual não poderia ser mais diferente. Com o aumento da longevidade, tudo indica que, ao completar 50 anos, as pessoas chegam apenas à metade de suas vidas – pessoais e profissionais. No Brasil, a população acima dos 50 anos já ultrapassa a marca de 50 milhões e, nas próximas duas décadas, a estimativa é de que mais da metade da força de trabalho do país seja composta por pessoas com 45 anos ou mais. Em 2050, o país será o sexto mais velho do mundo, à frente de todas as outras nações em desenvolvimento.


“Antes, esse seria o terceiro ato, o último momento da vida. Mas estamos vivendo mais tempo do que imaginávamos, e chegar aos 50 não é mais a última fase vivida. Por que a sensação aparece de forma mais clara? Esta é a geração que ainda convive com os pais e percebe a extensão da vida”, afirma Layla Vallias, especialista em economia prateada (atividades econômicas associadas às necessidades de pessoas acima dos 50) e cofundadora do Hype50+, empresa de marketing especializada no consumidor maduro.


É a chamada geração sanduíche, aquela que se sente responsável pelo bem-estar e segurança dos filhos e ainda convive com os pais – muitas vezes, também sendo responsáveis por eles. Hoje, temos até cinco gerações convivendo, o que altera o referencial que tínhamos anteriormente. Por isso, para muitos profissionais que já passaram dos 50, o momento não é de sombra e água fresca, mas de reinvenção. “É preciso fazer um mergulho interno para entender o novo papel. O que quer fazer, por quantas horas. É por isso que muitas vezes se busca por uma função que preencha o propósito, que seja emocionalmente envolvente”, pontua Layla.


Para Urânio Bonoldi, consultor em gestão e planejamento estratégico e especialista em transição de carreira, este é um período extremamente rico e necessário. A vida, afinal, seria melhor vista como ciclos e não como uma linha reta e contínua. “No primeiro, temos um grande aprendizado, é um período de absorção. No segundo, temos a aplicação de tudo isso, a realização. O último é de transmissão de sabedoria”, explica ele.


Está enganado quem pensa que só é preciso tomar uma grande decisão acerca do futuro profissional quando escolhemos a profissão, ainda no fim da fase escolar. No momento de reinvenção, a decisão é tão importante quanto e pode gerar uma dor emocional impactante, pela falta de perspectiva na escolha do que fazer.


Por isso, é essencial se planejar com antecedência. Apesar de não ser uma prática muito comum aos brasileiros, pensar na transição com calma é importante para que não surjam surpresas capazes de causar vazios que levem à depressão, reclusão em seu próprio mundo e, principalmente, sensação de fracasso. “Esta é a geração que está abrindo caminho para todas as outras em termos de envelhecimento e nova maturidade. Está ressignificando o que é ser velho, renomeando aposentadoria, restabelecendo ícones do passado com planos e projetos de vida”, afirma Layla.


Infelizmente, apesar das mudanças já tangíveis e dos números sobre o envelhecimento da população, o chamado ageísmo ainda se faz muito presente. De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma InfoJobs com cerca de 1.600 profissionais brasileiros acima de 50 anos, 80% deles estão desempregados. Dos entrevistados, 80% afirmam que já sentiram preconceito pela idade em processos seletivos e 80% acreditam que profissionais mais velhos e mais novos não têm a mesma chance no mercado de trabalho. Para 52,8% dos consultados, as empresas não reconhecem o potencial dos profissionais que já passaram dos 50 anos. Os números são reforçados por uma pesquisa do Great Place to Work Brasil, de 2018, que mostrou que, em média, o número de trabalhadores acima dos 50 não passa de 3% nas 150 melhores empresas para trabalhar eleitas naquele ano.


Para Eva Bettine, gerontóloga e presidente da Associação Brasileira de Gerontologia, é preciso se preparar durante toda a vida para ter longevidade e vitalidade. “Nessa fase da vida [a partir dos 50 anos], a criatividade ainda está em plena forma, assim como o vigor físico e a capacidade intelectual. As ações para ter longevidade com saúde e ânimo são necessárias ao longo da vida inteira, ou pelo menos ao longo da vida adulta, com atividades físicas e, na mesma proporção, atividades intelectuais. Estimular o nosso cérebro é o melhor exercício, impor-se desafios mentais, exercitar o raciocínio lógico, não se acomodar e não se entregar”, explica.


Foi pensando nestes dados e na atual realidade que selecionamos dez histórias de sucesso, de pessoas que se reinventaram depois dos 50 anos, para a primeira lista Forbes 50+. São 12 nomes de diferentes segmentos que buscaram a mudança por meio da vitalidade, conseguiram encontrar seus propósitos e seguir um novo caminho profissional.


Entre as personalidades, a atriz Gloria Pires, que descobriu o consumo sustentável e criou a plataforma BemGlô; o ex-CEO da Azul Pedro Janot, que após sofrer um acidente assumiu a missão de transmitir o seu conhecimento acumulado em anos no comando de grandes empresas; e o casal octagenário Takeo e Nobue Kimura que, há alguns anos, partiu rumo ao sertão nordestino para plantar figos.


Conheça, na galeria a seguir, as dez histórias que compõem a lista Forbes 50+ inaugural:,


1 - Gloria Pires, 57 anos, atriz e empresária

Pela vontade de compartilhar seu lifestyle e a conversa crescente sobre sustentabilidade no país, a atriz lançou o projeto BemGlô em 2014.


2 - Deives Rezende Filho, 59 anos, consultor de diversidade

Com atuação em grandes bancos nacionais e internacionais, Deives Rezende Filho se reinventou como consultor e coach.


3 - Pedro Janot, 62 anos, consultor e palestrante Com passagens como líder de grandes empresas como Richards, Zara e Azul, Pedro Janot assumiu um novo desafio após o acidente que o deixou tetraplégico: CEO da própria vida. Conheça a história completa aqui


4 - Vita Christoffel, 58 anos, modelo Após os 50, Vita Christoffel relembrou do sonho de infância de estar nas passarelas e investiu na carreira de modelo. Conheça a história completa aqui


5 - Theo van der Loo, 66 anos, empreendedor e consultor Com décadas de experiência na indústria farmacêutica, o executivo se reinventou após a aposentadoria e, além de consultor de diversidade, se tornou dono da startup Natuscience. Conheça a história completa aqui


6 - Takeo e Nobue Kimura, 88 e 89 anos, agricultores Com enorme sentimento de gratidão pelo país que o recebeu de braços abertos, o imigrante japonês Takeo Kimura partiu para o Nordeste para plantar figos ao lado da esposa, Nobue. Conheça a história completa aqui


7 - Dimas Moura, 63 anos, produtor de conteúdo Após décadas atuando no setor da tecnologia, Dimas Moura investiu na carreira de influenciador digital e cria conteúdo para o canal do YouTube “Mais 50”. Conheça a história completa aqui


8 - Marta Monteiro e Veronique Forat, 67 anos e 64 anos, empreendedoras A dupla se conheceu em um evento sobre reinvenção após os 60 e, do interesse em comum por moradia compartilhada, nasceu a startup Coliiv. Conheça a história completa aqui


9 - José Luiz Tejon, 68 anos, escritor e palestrante Após um reencontro com um amigo de adolescência, Tejon se reconciliou com a própria história e reinventou a carreira, passando a atuar na área motivacional. Conheça a história completa aqui


10 - Leila Gravano, 55 anos, empreendedora Ao se reinventar na carreira de professora de inglês, Leila enfrentou dificuldades para encontrar auxílio para empreender e transformou a própria dor em oportunidade, criando o projeto de mentoria Empreendendo aos 50. Conheça a história completa aqui


Fonte: Forbes

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