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Jovem transforma garrafas do lixo em copos e fatura mais de R$ 350 mil

A Green Glass, do empreendedor Óscar Munoz, gera renda para recicladores de vidro



Com o lema “até que todo copo do mundo seja feito de garrafa”, a Green Glass foi criada, em 2009, por um chileno de 18 anos, que via na sustentabilidade e na reciclagem os pilares obrigatórios de uma empresa. Os colegas e professores do curso de Engenharia riram da ideia de Óscar Munoz de uma empresa de copos feitos a partir de garrafas.


O professor, que havia proposto como trabalho final uma ideia de empreendimento, inclusive queria reprová-lo por isso. Não fosse por um colega, fã da sua ideia, que intermediou junto ao docente para que Munoz se juntasse ao grupo que propôs uma empresa de alfajores, o criador da Green Glass talvez não teria hoje o diploma de Engenheiro.


A ideia surgiu quando fez um copo a partir de uma garrafa de cerveja para um amigo. Seus pais são artesãos de vidro, por isso ele tinha as ferramentas em casa. Um amigo foi mostrando ao outro e as garrafas, recolhidas em bares e restaurantes foram chegando até Munoz.


O trabalho começou totalmente artesanal e o estudante vendia cada copo por 2 mil ou 3 mil pesos chilenos (entre R$ 10 e R$ 15) e, com isso, pagava suas despesas na faculdade. Para ajudá-lo, contratou um peruano ilegal no Chile que dependia totalmente do negócio dos copos para sobreviver. Aos poucos, o trabalho de Munoz ficou conhecido – até o professor que queria reprová-lo e os colegas compraram seus produtos.


Munoz conta que tudo foi difícil até que em 2013 a empresa recebeu 1,5 milhão de pesos chilenos (pouco mais de R$ 8 mil, na cotação de hoje) de uma instituição não governamental chilena de apoio ao pequeno negócio. Com o dinheiro, comprou uma máquina para facilitar o corte de vidro. Depois, a Green Glass ganhou uma competição de pequenos negócios e adquiriu mais uma máquina. Aos poucos o negócio se expandiu e logo começaram as exportações, que hoje correspondem 30% do total de vendas e são para países da Europa, Estados Unidos e Austrália.


Nos últimos anos, Munoz deixou de se embrenhar nas lixeiras de hotéis, restaurantes e bares para coletar as garrafas e passou a compra-las de centros de reciclagem. “Assim geramos dinheiro para mais gente”, conta ele em seu site. “Não negociamos valores com eles, pagamos o que eles pedem por seu trabalho”. Atualmente, as vendas da Green Glass alcançam 100 mil dólares (cerca de R$ 370 mil) anuais.


Fonte: Revista PEGN


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