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Notícias sobre aquisições puxam disparada de varejistas; Renner salta 9%

No mercado, circulam boatos de que a companhia poderia fazer uma proposta pela C&A ou Lojas Marisa; as ações de ambas disparam mais de 9% na Bolsa Fonte: Exame

O setor de varejo de vestuário, que parecia esquecido pelos investidores, ainda pressionado pelos efeitos da pandemia, parece que virou a bola da vez do mercado: depois da disparada da Hering (HGXT3) após anunciar, na quarta-feira à noite, que rejeitou uma proposta de fusão com a Arezzo (ARZZ3), o holofote recai agora para a Lojas Renner (LREN3).

A companhia confirmou, por meio de fato relevante divulgado nesta tarde, que avalia a possibilidade de realizar uma oferta de ações de distribuição primária (quando os recursos vão para o caixa da empresa), com esforços restritos. Mas que, até o momento, não há definição sobre o montante.

Pouco antes, o site Brazil Journal informava que a operação poderia chegar até 4,5 bilhões de reais, com objetivo de financiar o plano da companhia de crescimento orgânico e eventualmente estar pronta para uma operação de fusão e aquisição.

Com a confirmação da oferta, as ações da Renner subiam 8,59%, às 14h40, sendo cotadas em 45,50 reais, a maior alta do Ibovespa.

No mercado, há boatos de que, na mira da empresa para uma possível aquisição, poderiam estar a C&A (CEAB3) ou a Lojas Marisa (AMAR3). Os papéis da C&A saltam 9,10% e os da Marisa, 13,26%.

"Após ficar largado, pelos investidores, nos últimos meses, o setor de varejo volta a ficar super aquecido e com possíveis fusões e aquisições à vista", comentaram os analistas da


Ativa Investimentos.

Também nesta tarde o Grupo Soma (SOMA3) confirmou que avalia uma combinação de negócios com a Shoulder, mas afirma que as conversas estão em fase preliminar.

No fato relevante, a companhia disse que não há nenhum documento assinado. Ontem, o jornal Valor Econômico apontava que a companhia estava em negociação para possível aquisição da Shoulder.

Nesta sessão, os papéis do Grupo Soma sobem 2,90%, indo para 15,24 reais. Depois de meses esquecido, o setor de varejo volta a ganhar destaque com essas notícias sobre fusões e aquisições, comenta Bruno Lima, head de research da EXAME Invest Pro. Lima aponta, no entanto, que, essa disparada pode ter sido intensificada por um "grande short squeeze" no setor.

O short squeeze ocorre quando investidores que estão vendidos (short) na ação, ou seja, apostando na queda da cotação, se veem obrigado a entrar no mercado comprando porque os preços vão na direção oposta.

"Como esses papéis estavam praticamente largados no mercado, muitos investidores estavam 'short' (posicionados na venda), ou seja apostando na queda das cotações. Com essa sobrevida, esses investidores começaram a desmontar suas posições", explicou.

Em meio a perspectivas de avanços com a vacinação e melhora da pandemia, o mercado já vinha olhando para os setores mais afetados pela crise, que ainda não se recuperaram na Bolsa, em busca de oportunidades. Faltava, no entanto, um gatilho, que parece ter vindo com esses rumores sobre aquisições.

"Internamente estavamos olhando os setores que ainda não se recuperaram da crise, ou seja, que estão descontados para os valores pré-pandemia. Com várias notícias sobre aquisições surgindo, as atenções se voltam para as varejistas. Além disso, temos alguns IPOs recentes que se provaram boas histórias", comentou o estrategista Gustavo Cruz, da RB Investimentos.

Os analistas da Ativa apontaram que têm uma visão positiva para o setor com a volta ao normal puxando significativamente as vendas de mesmas lojas das companhias. Além disso, "essa consolidação do setor através de fusões e aquisições deve fortalecer cada vez mais as companhias no longo prazo", comentaram.


Fonte: Exame

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